Figurações da loucura em “Um coração fraco” e “Bobók”, de Dostoiévski
Palavras-chave:
Dostoiévski. Loucura e literatura. Histórias curtas.Resumo
Este artigo pretende analisar representações da loucura nas histórias curtas “Um coração fraco” (1848) e “Bobók” (1873), de Dostoiévski. A insanidade é um fenômeno recorrente na obra do autor, visível tanto em seus romances (note-se O idiota, de 1869, e Os irmãos Karamázov, de 1879), quanto em seus contos e novelas. Dostoiévski aparece como um dos pioneiros no processo de trazer o “louco” para o centro da narrativa. O insano, nas duas histórias recortadas, representa o desajustado e excluído pela sociedade; seus discursos, mesmo que confusos, são dotados de uma lógica própria capaz de compreender de maneira mais acurada do que as pessoas “racionais” certas dinâmicas do mundo.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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