DESCOLONIALIDADE DO SABER E ENSINO DE LÍNGUAS: UMA PERSPECTIVA DISCURSIVO-CULTURAL PARA O ENSINO DE ESPANHOL
Resumen
O ensino de línguas estrangeiras, sob o viés da abordagem comunicativa, apresenta comumente o silenciamento da heterogeneidade de hábitos e de modos de consumo das sociedades e dos sujeitos representados nos materiais didáticos. Esse funcionamento produz, como efeito de sentido, a naturalização de determinados hábitos e práticas sociais que funcionam como se esses fossem “de todos” e que projetam um modelo de vida específico e restrito. Os estudos culturais constituem-se em um campo de discussão de temas históricos e sociais de importância para o ensino de línguas estrangeiras. Considerando a discussão que tal campo teórico realiza sobre cultura, a partir de territorialidades que passaram por diferentes processos de colonização, cultura e língua, nessas territorialidades, estão diretamente relacionadas à colonialidade do poder e do saber, ao eurocentrismo e à globalização. Consideramos que discutir cultura torna-se uma importante questão de política linguística, legitimando o espaço de aprendizagem de uma língua estrangeira como espaço para construção de uma cidadania descolonizada. Nesse sentido, apresentaremos textos literários como materialidades discursivas para o ensino de espanhol, ao discutir as relações culturais entre populações que sofreram distintos processos de colonização, sem deixar de discutir os aspectos linguísticos e discursivos que são inerentes a essas materialidades discursivas.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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