Ensino de Libras: conhecimento linguístico e saber didático
Palavras-chave:
Libras. Ensino. Professor. Surdo. Ouvinte (não-surdo).Resumo
No contexto de ensino da Língua Brasileira de Sinais-Libras, além da legislação, há discursos que afirmam ser os surdos que devem se ocuparem do ofício de ensinar Libras para surdos e ouvintes, justificando que esses são sinalizantes da língua e, quando professores de Libras, são indicados para garantir o processo de aquisição da língua aos estudantes surdos. Entretanto, embora sejam processos intrínsecos, ensinar é uma atividade didática relacionada ao professor e aprender, por sua vez, é uma tarefa cognitiva do estudante. Desse modo, por meio de uma revisão bibliográfica, o objetivo do presente artigo é discutir e problematizar discursos que buscam naturalizar, tornarem consensual que, prioritariamente, são as pessoas surdas que devem se ocupar do ensino da Libras. Verifica-se que ser surdo ou ouvinte sinalizante de Libras não significa saber ensinar a língua, pois é necessário ao professor de Libras a formação profissional, o conhecimento linguístico e o saber didático.
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