Ajuste de modelos não lineares aos dados da planta de pimenta biquinho
Palavras-chave:
Regressão, Modelos de crescimento, Cultivo de pimentaResumo
O objetivo do trabalho foi ajustar modelos não lineares de crescimento aos dados de altura da planta da pimenta biquinho (Capsicum chinense). Os dados foram adaptados de um experimento realizado em estufa na Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEAg), Campus I, da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Foram utilizadas sementes de pimenta BRS Moema, desenvolvidas pela empresa ISLA Seeds. As recomendações de semeadura foram sugeridas pela empresa: profundidade de 0,5 cm e composição do substrato do solo classificado como Argila Acinzentada Eutrófica. As plantas foram irrigadas em 100% de sua necessidade hídrica com água residuária tratada pelo reator anaeróbico de fluxo ascendente de manta de lodo UASB+ WETLAND. As avaliações foram realizadas a cada sete dias, totalizando 21 avaliações, 163 dias após a semeadura (DAS), sendo duas plantas por repetição. Os modelos utilizados no ajuste foram o logístico, Gompertz e von Bertalanffy. As suposições sob resíduos dos modelos ajustados foram verificadas por meio dos testes de Shapiro wilk (normalidade) e Bartlett (homogeneidade de variância). Além disso, foram testados modelos com diferentes estruturas de variância e termos autorregressivos. Todos os modelos avaliados mostraram se adequados para se ajustarem aos dados da altura da planta de pimenta biquinho. Porém, de acordo com o critério de Akaike (AIC), o modelo de von Bertalanffy considerando homogeneidade de variância sem estrutura de termos autorregressivos, apresentou melhor ajuste. O ajuste estimou uma altura assintótica da planta de 26,32cm e um ponto de inflexão da curva quando atingiu aproximadamente 52 dias após a semeadura.
Referências
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