Aplicação de Análise de Correspondência e Escalonamento Multidimensional para formação e avaliação de diferentes perfis para pessoas com deficiência, sem deficiência e qualidade de vida
Palabras clave:
Pessoas com deficiência, Análise de Correspondência Múltipla, Escalonamento Multidimensional, Análise de Agrupamento, Distância e SimilaridadeResumen
É de conhecimento público e notório, que desde dos tempos de antanho, pessoas com deficiência apresentam mais dificuldades de que pessoas que não apresentam deficiências em termos de alcançar um melhor nível de instrução e de trabalho, por existirem barreiras que impedem sua melhor participação, o que dificulta a obtenção de perspectivas melhores, mais duradouras, de melhor qualidade de vida e de terem as suas vozes ouvidas. Também é sabido que ser pessoa com deficiência pode significar altas taxas de prevalência, números crescentes, experiências diversas e populações vulneráveis. Esses fatores resultam em condições de saúde precária, rendimento educacional inferior, menor participação econômica, taxas mais altas de pobreza, maior dependência e restrições a sua participação na sociedade. Utilizou-se o Censo Demográfico do IBGE de 2010 para avaliar a homogeneidade e a formação de diferentes perfis de variáveis e itens relacionados a educação, família,trabalho, condições de moradia, outros bens e qualidade de vida em função das diferentes deficiências. Sabe-se que quanto menor a distância ou maior a proximidade entre variáveis ou itens, mais próximos tendem a ser os seus perfis. Em vista disso, neste artigo, avaliou-se a homogeneidade através de técnicas de Análise de Correspondência, Escalonamento Multidimensional e Análise de Agrupamento. Desses estudos foi possível concluir que quanto maior a severidade das diferentes deficiências e a sua quantidade, pior tende a ser: qualidade de vida, condições de moradia, de trabalho e condições estruturais, maior número de filhos, e, menor: renda e poder aquisitivo.
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