Identidade, ecocrítica e interseccionalidade na obra de Miguel Delibes. Aplicação em sala de aula da Graduação em Educação Primária
Palavras-chave:
Identidade. Ecocrítica. Miguel Delibes. Ensino Primário.Resumo
O escritor espanhol Miguel Delibes concebeu o espaço natural como parte de um todo indissociável da sociedade humana, pois é o meio em que se constrói a identidade dos indivíduos e dos grupos. Sua obra literária —e inclusive seu discurso de admissão à Real Academia Espanhola— permite estudar os ecossistemas sustentáveis, onde o conceito de progresso que reflete se opõe à natureza. Este artigo analisa alguns personagens de seus romances que, adicionalmente, enfrentam diversas questões vinculadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: com o problema da fome (ODS 2), por exemplo, em Las ratas; igualdade de gênero (ODS 4), que pode ser apreciado O voto contestado do Sr. Cayo; trabalho decente (ODS 8), no mesmo romance; a redução das desigualdades (ODS 10), presente entre outras obras de El camino; ou produção e consumo responsáveis (ODS 11), que aparecem em Diário de um caçador, Diário de um emigrante e Diário de um aposentado. Isso oferece a oportunidade de entender a consciência ecológica do ponto de vista da interseccionalidade e vincular a ecocrítica às dinâmicas de poder e aos movimentos socioeconômicos. A fim de compreender o alcance de seu trabalho e a recepção de seu trabalho de uma perspectiva ecocrítica e educacional, esses conceitos foram introduzidos em um projeto de inovação pedagógica implementado com alunos do Magistério da Universidade de Salamanca. Os resultados conduziram a análises e debates críticos que permitiram alguma replicabilidade com alunos do ensino básico. Em suma, o projeto não só ajudou os professores estagiários a ler criticamente e argumentar as suas abordagens à literatura no sentido mais tradicional, como também fomentou as suas competências orais e digitais.
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