Vivenciando o combate à violência de gênero nas escolas

Campanha “Mulheres Unidas por uma Cultura de Paz nas Escolas”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.14388469

Palavras-chave:

Violência de Gênero, Contexto escolar, Ações de prevenção

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo relatar como a prevenção e o combate à violência de gênero podem ser inseridos no contexto escolar, a partir da ação “Mulheres Unidas por uma Cultura de Paz nas Escolas” promovida no município de Varginha, Minas Gerais, nos anos de 2023 e 2024. Para isso, realizou-se uma pesquisa-ação e utilizou-se, posteriormente, o relato da experiência de uma das envolvidas na ação, que é professora e supervisora escolar da educação básica e conselheira municipal dos direitos das mulheres, no mesmo município. A ação aconteceu em um primeiro momento no centro da cidade e envolveu diferentes setores da sociedade, foi realizada em seis escolas no município, tendo, assim, maiores oportunidades de dialogar com os alunos e alunas, professores e professoras e gestores das escolas. Apesar da resistência por parte de alguns professores e estudantes homens sobre o assunto, os debates realizados produziram discussões e produtos positivos, importantes para despertar uma visão sobre gênero menos desigual entre os alunos. Houve a abertura e o interesse por parte das estudantes mulheres sobre a temática. Dessa maneira, espera-se que a atuação no ambiente escolar possa promover mudanças e que práticas sociais que subalternizam e inferiorizam mulheres sejam superadas.

Referências

ABRAMOVAY, M. Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: UNESCO, 2005.

ARAÚJO, M. F. Diferença e igualdade nas relações de gênero: revisitando o debate. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 41-52, 2005.

BANDEIRA, L. M. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. In: HOLLANDA, H. B. (org). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, 400p.

BANDEIRA, L. M. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Sociedade e Estado, v. 29, p. 449-469, 2014.

BRASIL, 1988. Constituição: República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 28 de maio 2023.

BRASIL, 1990. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm. Acesso em: 27 maio 2023.

BRASIL, 1996. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 27 maio 2023.

BRASIL, 2003. Lei no 10.778, de 24 de novembro de 2003. Dispõe de notificação compulsória, em todo o território nacional, os casos em que houver indícios ou confirmação de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.778.htm. Acesso em: 27 de maio 2023.

BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei N.°11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 14 de out. 2023

BRASIL, 2013. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. 562. p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 23 maio 2023.

BRASIL, 2016. Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art18. Acesso em: 02 de jun. 2023.

CANOTILHO, A. P.; MAGALHÃES, M. J.; RIBEIRO, M. Gostar de mim, Gostar de ti: Prevenção da violência nas escolas. MAGALHÃES, Maria José; TAVARES, Manuela; COELHO, Salomé; GÓIS, Manuela, p. 168-172, 2010.

CARVALHO, A.; GUIMARÃES, M. Desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos: natureza e cultura em interação. In: CARVALHO, Alysson; SALLES, Fátima; GUIMARÃES, Marília. Desenvolvimento e aprendizagem. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p. 31-50.

FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

FERREIRA, M.; NUNES, G. Panorama da produção sobre gênero e sexualidade apresentada nas reuniões da ANPED (2000-2006). In 33º reunião anual da ANPEd. 2010.

FORÚM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil. 4. ed. 2023. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/visivel-e-invisivel-a-vitimizacao-de-mulheres-no-brasil-4a-edicao/. Acesso em: 01 de maio 2024.

FURTADO, D. F. Guia de bolso da Educação Aberta. Brasília, DF: Iniciativa Educação Aberta, 2019. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/564609/3/Guia%20de%20bolso%20REA_vf_tela.pdf%20Acesso:%2015%20de%20mai.%202023. Acesso: 10 de maio 2023.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 7. ed. [2ª Reimp.] – Barueri [SP]: Atlas, 2023.

SAFFIOTI, H. I. B. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.

SAFFIOTI, H. I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos pagu, p. 115-136, 2001.

SAFFIOTI, H. I. B. Gênero patriarcado violência. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular: Fundação Perseu Abramo, 2015, 160p.

SAFFIOTI, H. I. B. A mulher na sociedade de classes. 3.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013, 528p.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. Cortez editora, 2017.

SOUSA, M. M. M.; STELKO‑PEREIRA, A. C. Relações entre violência escolar, gênero e estresse em pré‑adolescentes. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 1, p. 110-127, 2016.

SOUZA, V. G.; QUINA, C. C. S. Articulação entre universidade e conselho gestor no combate à violência de gênero: o caso da política pública para e pelas mulheres. In: Anais do Congresso de Administração, Sociedade e Inovação - CASI. Anais...Volta Redonda (RJ) Universidade Federal Fluminense, 2023.

SILVA, E. J.; JARDIM, S. R. M. Formação de novos professores: um olhar para violência de gênero nas escolas. 2017.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1985.

Downloads

Publicado

12/11/2024

Como Citar

Cardoso, M. J., & Souza, V. G. de. (2024). Vivenciando o combate à violência de gênero nas escolas: Campanha “Mulheres Unidas por uma Cultura de Paz nas Escolas”. Cadernos De Estudos Interdisciplinares, 6(2), e622497. https://doi.org/10.5281/zenodo.14388469

Edição

Seção

Seção Temática Especial: Recursos Educacionais Abertos