MÁRIO DE ANDRADE INTÉRPRETE DO BRASIL: O NACIONALISMO DESCRITIVISTA

Autores

  • Juliana Correa da Silva Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

Mário de Andrade, nacionalismo, relatos de viagem.

Resumo

A partir da análise do conto “Briga das Pastoras”, de Mário de Andrade, este artigo tem como objetivo encontrar e explicitar possíveis influências das viagens feitas ao norte e nordeste brasileiro na obra ficcional do autor. O estudo teve como foco o entendimento da visão que Mário de Andrade tem de nacionalismo e de brasilidade para comprovar que, ao invés de sentimento de individualização e/ou ufanismo, “a verdadeira consciência da terra levava fatalmente ao não-conformismo e ao protesto”. O conto se coloca, aqui, como forma de exemplo de nacionalismo que, por mais que trate de características as mais “nacionais” e mesmo “tradicionais” possíveis, não exalta qualidades brasileiras de forma positiva. A noção de “nacionalismo descritivista”, conceito cunhado pelo próprio Mário de Andrade como sendo um dos grandes acertos do Movimento Modernista brasileiro do início da década de 1920, se torna um sistematizador, ou seja, serve mais como ferramenta de análise científica do que como elemento literário, de modo que se percebe o interesse que Mário de Andrade tinha pelos métodos de trabalho como escritor e crítico literário e pela observação, em um nível social, dos impactos da arte na cultura popular brasileira e vice-versa.

Biografia do Autor

Juliana Correa da Silva, Universidade Federal do Paraná

Mestranda em Estudos Literários na UFPR.

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Publicado

22-12-2020

Como Citar

CORREA DA SILVA, Juliana. MÁRIO DE ANDRADE INTÉRPRETE DO BRASIL: O NACIONALISMO DESCRITIVISTA. Trem de Letras, [S. l.], v. 6, n. 1, p. e0219002, 2020. Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/tremdeletras/article/view/838. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Estudos Literários