A CONSTRUÇÃO DO FEMININO NA LITERATURA: REPRESENTANDO A DIFERENÇA

Autores

  • Tayza Nogueira Rossini Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Literatura de autoria feminina, Representação, Um defeito de cor.

Resumo

Tradicionalmente, as mulheres foram, nas esferas que abrangem o social, o histórico, o político e o estético, consideradas como inferiores ao sexo masculino. Em virtude da política do patriarcalismo, a mulher foi silenciada, excluída e vitimada por preconceitos e estereótipos lançados em sua imagem ao longo da história. Quando se trata da mulher negra a situação é ainda mais complicada. Se à mulher branca cabia o silenciamento e o subjugamento social, o espaço reservado à mulher negra era muito mais inferiorizado. Com base nesta perspectiva, a literatura de autoria feminina suscita um novo olhar sobre a produção literária produzida desde meados do século passado até os dias de hoje. Vista de forma não valorativa, tanto no campo literário como cultural, a experiência vivida até então pela mulher justifica o surgimento, em meados do século XX, de ações no sentido de conscientizar os indivíduos da necessidade de desconstruir a opressão e a marginalização da mulher. Com base no romance Um defeito de cor (2011), de Ana Maria Gonçalves, torna-se possível refletir sobre o lugar conferido à produção literária afrodescendente dentro da formação da literatura de autoria feminina brasileira, e, ainda, sobre o modo como se edifica a representação da mulher negra.

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Publicado

11-07-2016

Como Citar

ROSSINI, Tayza Nogueira. A CONSTRUÇÃO DO FEMININO NA LITERATURA: REPRESENTANDO A DIFERENÇA. Trem de Letras, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 97–111, 2016. Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/tremdeletras/article/view/459. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Estudos Literários