ORAÇÃO EXISTENCIAL À LUZ DO FUNCIONALISMO CLÁSSICO
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v13n1.2375Palavras-chave:
Funcionalismo Clássico; Oração existencial;, Língua PortuguesaResumo
A oração existencial, com os verbos ter, haver e existir, tem traços morfossintáticos, semânticos e discursivos específicos na língua portuguesa. Objetiva-se realizar uma pesquisa bibliográfica de alguns conceitos do Funcionalismo Clássico, como valência, transitividade, detransitividade, impessoalidade, definitude e indefinitude, para analisar essa oração. Para tanto, fundamenta-se nos trabalhos de Dik (1989), Givón (1979, 1995), Halliday (1973), Hopper e Thompson (1980), Hopper (1987) e outros. Os dados de língua em uso foram depreendidos de uma amostra do Corpus Português NOW. Constatou-se que os conceitos do Funcionalismo Clássico são eficientes para a análise da oração existencial, pois fornecem, principalmente, uma visão contínua do fenômeno linguístico e uma abordagem integral dos componentes gramaticais.
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