LITERATURA DE FRONTEIRA BRASIL E GUIANA-FRANCESA

CENÁRIOS DE TRAVESSIAS

Autores

  • Fabíola do Socorro Figueiredo dos Reis Universidade Federal do Amapá

DOI:

https://doi.org/10.32988/rep.v13n2.2453

Palavras-chave:

Fronteira, Literatura de Fronteira, Oiapoque, François-Xavier Gérard, Ramiro Esdras Carneiro Batista

Resumo

Este artigo aborda o cenário da travessia na fronteira Brasil-Guiana Francesa em dois textos: La mort et la mort de Bernard Vergalant (2016), de François-Xavier Gérard, e Chiclete-de-Onça (2016), de Ramiro Esdras Carneiro Batista, ambos considerados como parte do círculo de autores que vivem ou escrevem sobre essa região. Com base em Siqueira & Carmargo (2009), Carvalho (2017), Macris (2007) e Glissant (2006), discutimos primeiramente a noção de Literatura de Fronteira para falar sobre os textos produzidos em uma região dividida entre dois e mais países, com cenários, personagens e características próprias. No caso de La mort et la mort de Bernard Vergalant e Chiclete-de-Onça, textos com inspiração em outros da Literatura Brasileira, a fronteira é representada como travessia entre dois mundos – o fim e o começo de uma vida para Bernard Vergalant, que decide começar uma vida no Brasil depois de descobrir que era considerado morto em solo francês, ou uma linha invisível estabelecida por não-indígenas para indígenas e outros povos minoritários, como no caso de Chiclete-da-Onça.

Referências

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FILMES CITADOS:

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Publicado

10-03-2025

Como Citar

Figueiredo dos Reis, F. do S. (2025). LITERATURA DE FRONTEIRA BRASIL E GUIANA-FRANCESA: CENÁRIOS DE TRAVESSIAS. Revista (Entre Parênteses), 13(2). https://doi.org/10.32988/rep.v13n2.2453

Edição

Seção

Artigos - Estudos Literários