A presença do texto em sala de aula: uma análise da Base Nacional Comum Curricular na perspectiva da Linguística Textual
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v10n1.1279Palavras-chave:
Texto; Linguística de texto; Ensino; BNCC.Resumo
O presente artigo busca refletir, à luz da Linguística Textual, sobre os pressupostos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no componente Língua Portuguesa. Tentamos compreender quais perspectivas este documento normativo sugere para a abordagem do texto no Ensino Fundamental. Metodologicamente, realizamos uma análise exploratório-descritiva das competências e habilidades específicas que demandam a utilização do texto no processo de ensino e aprendizagem. Compreendemos que a BNCC ressalta o texto como seu objeto de estudo a partir das perspectivas enunciativo-discursivas, de modo que relaciona os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem.
Referências
ANTUNES, I. Língua, gêneros textuais e ensino: considerações teóricas e implicações pedagógicas. Perspectiva: revista do Centro de Ciência da Educação, Florianópolis, v. 20, n. 1, p. 23-48, jan./jun. 2002.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRAIT, B. O texto nas reflexões de Bakhtin e do Círculo. In: BATISTA, R. O. (org.). O texto e seus conceitos. São Paulo: Parábola Editorial, 2016. p. 13-30.
BRANDÃO, A. C. P. A revisão textual na sala de aula: reflexões e possibilidade de ensino. In: BRANDÃO, A. C. P.; LEAL, T. F. (org.). Produção de textos na escola: reflexões e práticas no ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: versão final. Brasília: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCCpublicacao.pdf. Acesso em: 5 set. 2020.
BENTES, A. C.; REZENDE, R. Texto: conceito, questões e fronteiras [com]textuais. In: SIGNORINI, I. (org.). [Re]Discutir texto, gênero e discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. p. 19-46.
COLOMER, T. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. Tradução de Laura Sandroni. São Paulo: Global, 2003.
CORRÊA, A.; MORGADO, J. C. A construção da Base Nacional Comum Curricular no Brasil: tensões e desafios. In: Colóquio Luso-brasileiro De Educação, 4., 2018, Braga; Paredes de Coura. Anais... UDESC; UMinho; UFMA, 2018. v. 3, p. 1-12.
CUNHA, E. V. R.; LOPEZ, A. C. Base nacional comum curricular no Brasil: regularidade na dispersão. Revista Investigación Cualitativa, v. 2, n. 2, p. 23-35, 2017. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2018/05/CunhaLopes2017.pdf. Acesso em: 12 jan. 2021.
DEMÉTRIO, A. K. B; ALVES, L. E. P.; COSTA, M. H. A. Compreensão (con)textual em mídias sociais digitais. Signo, Santa Cruz do Sul, v. 41, n. 72, p. 51-64, out. 2016. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/7247. Acesso em: 5 set. 2020.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
FARACO, C. A. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, 2009.
FLORÊNCIO, A. M. G. et al. Análise do Discurso: Fundamentos e Prática. Maceió: Edufal, 2009.
FRANCO, C. P. Por uma abordagem complexa da leitura. In: TAVARES, K.; BECKER, S.; FRANCO, C. P. (org.). Ensino de Leitura: fundamentos, práticas e reflexões para professores da era digital. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras da UFRJ, 2011. p. 26-48.
FREIRE, P. A importância do ato de ler. 30. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
GERALDI, J. W. O ensino de língua portuguesa e a Base Nacional Comum Curricular. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 381-396, jul./dez. 2015. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 5 set. 2020.
______. No espaço do trabalho discursivo, alternativas. In: GERALDI, J. W. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 117-192.
HANKS, W. F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008.
KOCH, I. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
______. A coesão textual. 19. ed. São Paulo: Contexto, 2004.
______. O texto e a construção dos sentidos.10. ed. São Paulo: Contexto, 2014.
KOCH, I.; ELIAS, V. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto: 2010.
LOPES, A. C. M. Texto e coerência. Revista Portuguesa de Humanidades, Braga, v. 1/2 13-33, 2005. Disponível em: http://hdl.handle.net/10316/13423. Acesso em: 22 set. 2020.
LUGLI, R. S. G. et al. Consensos e dissensos em torno de uma Base Nacional Comum Curricular no Brasil: Relatório de Pesquisa. São Paulo: CENPEC, 2015. Disponível em: http://ftp.cenpec.org.br/com/portalcenpec/biblioteca/Consensos_e_Dissensos_Relatorio_Pesquisa_Cenpec_Final.pdf. Acesso em: 12 jan. 2021.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MONDADA, L.; DUBOIS, D. Construção dos objetos de discurso e categorização: uma abordagem dos processos de referenciação. Tradução de Mônica Magalhães Cavalcante. In: CAVALCANTE, M. C.; RODRIGUES, B. B.; CIULLA, A. (org.). Referenciação. São Paulo: Contexto, 2003. p. 17-52.
ROJO, R. H. R.; BARBOSA, J. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
SANTOS, C. F. O ensino da língua escrita na escola: dos tipos aos gêneros textuais. In: SANTOS, C. F; MENDONÇA, M.; CAVALCANTI, M. C. B. (org.). Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para trabalhos científicos são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Como esta é uma revista eletrônica de acesso público, os artigos são de uso gratuito, em aplicações educacionais e não-comerciais, devendo ser observada a legislação sobre direitos autorais, em caso de utilização dos textos publicados nesta revista.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado