Os entraves ao gerencialismo na gestão pública de um município do interior do Estado de São Paulo
Resumen
O presente artigo buscou compreender os motivos pelos quais, após quase duas décadas de realização da Reforma gerencial nos âmbitos federal e estadual, o gerencialismo não foi plenamente implementado na Administração pública de um município do interior do Estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, cujo roteiro de entrevista foi elaborado utiilizando-se como critérios os indicadores de recursos humanos, instrumentos de gestão, articulações institucionais e participação do cidadão, responsabilidade fiscal e aplicação dos recursos. Foi possível identificar certos entraves para a implementação do gerencialismo na Administração pública do município, como: a falta de capacitação dos gestores, que dificultou o enxugamento do quadro de servidores, que seria importante para a economicidade das finanças; a resistência à utilização de práticas e preceitos que favorecem uma flexibilização da burocracia e consequentemente uma participação mais efetiva da população. Constatou-se, ainda, a inexistência de utilização de indicadores de desempenho para estabelecimento de metas e avaliação da qualidade de serviços prestados à população, além de baixa participação da população na atividade dos conselhos gestores, bem como investimentos em saúde e educação aquém dos anseios e necessidades da população, embora dentro dos valores mínimos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Citas
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