EXISTÊNCIA POÉTICA E MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA FRENTE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA POESIA DE MARINA VERGUEIRO E HIV/AIDS
Palavras-chave:
Poesia, Marina Vergueiro, HIV/aids, Transmodernidade, ExperiênciaResumo
Este artigo intenciona investigar como a poesia de Marina Vergueiro, a partir do poema “Eu tive aids por dois meses” publicado em sua primeira antologia poética intitulada Exposta (2019), torna-se mecanismo de sobrevivência diante da violência de gênero e sua relação com o HIV/aids. Para tanto, enquanto subsídio teórico, recorremos ao conceito de transmodernidade, postulado pelo filósofo Enrique Dussel (2016), com a finalidade de evidenciar os aspectos da periferia que exigem um olhar específico para a produção poética marginalizada, em consonância aos aspectos sobre a violência de gênero elucidados por Saffiotti (2004), e, por último, a perspectiva da poesia como experiência traçada por Lorde (2019). Como resultado, observou-se que o eu-lírico do poema, enquanto sujeito-objeto, toma o lugar de enunciação frente à violência sofrida.
Referências
LORDE, Audre. A poesia não é um luxo. In: LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
SAFFIOTI, H. Violência de gênero: o lugar da práxis na construção da subjetividade. Lutas Sociais, [S. l.], n. 2, p. 59–79, 2004. DOI: 10.23925/ls.v0i2.18789. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/18789. Acesso em: 03 jan. 2023.
VERGUEIRO, Marina. Exposta. São Paulo: Conecta Brasil, 2019.
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