“LISPECTADOR”: A PULSÃO DE MORTE COMO PULSÃO CRIATIVA EM UM SOPRO DE VIDA
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v12n1.2169Palavras-chave:
Um Sopro de Vida; Psicanálise; Pulsão de morte; Criação.Resumo
“Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas”, sentenciou Clarice Lispector, quando a indagavam acerca de tessitura de suas narrativas. Nesse seguimento, este artigo se arvorou a penetrar no universo movediço do romance Um Sopro de Vida, para analisar a pulsão de morte como pulsão criativa, a partir do conceito elaborado por Freud (1996), dentre outras abordagens, na construção do enredo. No que compele aos aspectos metodológicos, optou-se pela investigação exploratório-descritiva e bibliográfica, bem como os estudos acerca do estilo clariceano e as relações epistemológicas entre Literatura, Psicanálise e Filosofia de Braga (2020), Iser (1974), Agamben (1991), Schopenhauer (2000), Heidegger (1927), Becker (1973), Ricoeur (2007), entre outros. Resultou-se que os registros imagéticos da morte evocam múltiplas pulsões criativas das quais se serve a autora para redefinir uma estética de produção e uma estética da recepção.
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