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O USO DE METÁFORAS CONCEITUAIS NA COISIFICAÇÃO DA MULHER EM CASO DE FEMINICÍDIO
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v12n1.2116Palavras-chave:
Feminicídio, Argumentação, Metáforas conceituais, ObjetificaçãoResumo
O aumento de casos de feminicídio e de violência de gênero, sobretudo utilizando a língua para disseminar discurso de ódio e intolerância, estabelecer hierarquias de poder com base no gênero e promover o controle mediante a coisificação da mulher, torna necessário que se analise como o homem emprega a linguagem como artifício de fomento ao machismo e como canal para a efetivação de seu comportamento culturalmente sexista, especialmente quando se torna réu e, na sustentação jurídica, lança mão de recursos linguísticos, como a metáfora conceitual, para constituir seu repertório argumentativo visando justificar seus atos, minimizá-los ou transferir para a vítima a culpa pelo crime. Assim, a partir da Linguística Cognitiva, percebemos que a coisificação feminina por meio das metáforas conceituais é um modo de inferiorizar e de desqualificar a condição de mulher, destruindo sua identidade e conferindo-lhe um estado que legitime os crimes cometidos contra ela e que atenue a culpa do agressor, afinal, tornar-se objeto é tornar-se manipulável e descartável como tal, sem a dignidade própria da vida humana, em discursos que perpetram a misoginia e a desigualdade de gênero.
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