RELAÇÕES ENTRE CORPO, FORMAÇÃO CULTURAL, FORMAÇÃO DISCURSIVA E FORMAÇÃO IMAGINÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v12n1.2095Palavras-chave:
formação cultural; formação imaginária; formação discursiva; análise de discursoResumo
Este texto buscar estabelecer relações de conjunção entre os conceitos de formação cultural, formação imaginária e formação discursiva, em busca de propiciar um tratamento paradoxal conferido ao corpo. Nesse panorama, a atenção é voltada ao corpo do sujeito drag queen, que materializa uma posição de eu e, ao mesmo tempo, a nega como sendo sua. Esse corpo é e não é eu, é e não é mulher, artista e público, voz e silêncio. A ideia de um corpo unificado, completo, cede espaço à concepção materialista da contradição, recoberta sempre e incessantemente pela ordem da ideologia, que visa encobrir as disputas assimétricas que originam e atravessam a formação social. Em pedaços, esse corpo só se apresenta de forma completa por ação do tamponamento ideológico que procura formatá-lo desse modo, além de, por ação de controle, moldá-lo de acordo com as determinações estéticas regidas pela formação cultural em dominância. A cultura atua nesse esquema tanto como instância de regulação de um imaginário de corpo, quanto como espaço de dissimulação das incoerências que circundam essa imagem formulada, ideal de existência de um único corpo possível.
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