Madona e Beyoncé - divas da Música Pop a ícones feministas: análise do feminino sob o viés multimodal e da Semiótica Social
Palavras-chave:
Feminismo, Multimodalidade, Semiótica SocialResumo
Este trabalho teve como objetivo geral analisar, por meio das reflexões de Hodge e Kress (1988), bases teóricas da Semiótica Social, a representação dos feminismos nas músicas Like a Virgin, de Madonna (1984), e Run The World (Girls), de Beyoncé (2011), bem como nas apresentações dessas cantoras na premiação mais importante da música, o MTV Video Music Awards. Como objetivos específicos, buscamos compreender quais características feministas são comuns e divergentes tanto nas duas letras das músicas, quanto nas apresentações de Madonna e Beyoncé, além de analisar qual a influência dessas cantoras para o que se compreende por feminismo, discutindo as formas pelas quais das artistas acionam diferentes modos semióticos ao tratar sobre os movimentos feministas nessas músicas e apresentações, discutindo os efeitos de sentido produzidos nas canções e nas apresentações das cantoras mencionadas para a busca do empoderamento feminino. Com o estudo foi possível destacar que cada uma ao seu modo consegue despertar, no público em geral, uma ação de luta contra àqueles que buscam uma sociedade cada vez mais patriarcal, em que o homem é o centro das ações.
Referências
ADICHIE, C. N. Sejamos todos feministas. Companhia das Letras: São Paulo, 2014.
ARAÚJO, D. C. Feminismo na música: uma análise do videoclipe “Run The World (Girls)”, de Beyoncé. Revista Ártemis, Vol. XXIV nº 1; jul-dez, 2017. pp. 179-188.
BEAUVOIR, S. de. O Segundo Sexo: Fatos e mitos. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BRADBY, B. Like a virgin-mother? Materialism and maternalism in the songs of Madonna. Cultural Studies. Vol. 6, n. 1, 1992.
BURN, A.; KRESS, G. Multimodality, Style, and the Aesthetic: The Case of the Digital Werewolf. In: TØNNESSEN, E. S.; FORSGREN, F. (Ed.) Multimodality and Aesthetics. Londres: Routledge, 2019.
GOHN, M. G. Empoderamento e participação da comunidade em políticas públicas. Saúde e Sociedade. 13(2), 20-31, 2004.
GUALBERTO, C.; PIMENTA, S. Representações do feminino em protagonistas da Disney® sob uma ótica multimodal a partir da Semiótica Social. In: GUALBERTO, Clarice; PIMENTA, Sonia. Semiótica social, multimodalidade, análises, discursos. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019, p. 13-65.
GUERRA, P.; BITTENCOURT, L.; EVANGELISTA CUNHA, S. Madonna, Like a Virgin: (Pós)Feminismo e as maternidades dos videoclipes de Madonna. Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Joinville, 2018.
HODGE, R.; KRESS, G. Social Semiotics. New York: Cornell University Press, 1988.
KRESS, G; van LEEUWEN, T. Reading Images: The Grammar of Visual Design. Londres: Routledge, 2006.
PAIVA, V. Madonna, uma heroína na luta pela libertação da sexualidade feminina. Disponível em: <https://reverb.com.br/artigo/madonna-uma-heroina-na-luta-pela-libertacao-da-sexualidade-feminina>. Acesso em: 01 nov. 2019.
PARENTES, J. C. I'm flawless: visões do feminismo no discurso de Beyoncé. 51f. Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
PRIORE, M. D. Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2011.
RIBEIRO, M. R. D. Relações de poder no feminismo paulista - 1975 a 1981. 337 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em História, Departamento de História, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
SANTOS, D. V.; LEMOS, F. C. S. (2011). Uma analítica da produção da mulher empoderada. Psicologia & Sociedade, 23(2), 407-414.
TARABORRELI, J. R. Madonna: An Intimate Biography. Londres: Sidgwick & Jackson, 2001.
TAVARES, B. T. Gênero e militância: a gestão das distâncias e a disputa por sentidos no discurso da Marcha das Vadias. 2019. 284 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Estudos Linguísticos, Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
TRAMONTINA, R.; SCHMITZ, G. A. P. D. Empoderamento feminino: uma análise a partir da teoria do poder simbólico de Pierre Bourdieu. Revista de Gênero, Sexualidade e Direito, Brasília, v. 3, n. 1, p. 98 –107, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para trabalhos científicos são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Como esta é uma revista eletrônica de acesso público, os artigos são de uso gratuito, em aplicações educacionais e não-comerciais, devendo ser observada a legislação sobre direitos autorais, em caso de utilização dos textos publicados nesta revista.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado