O SINTOMA DO TEMPO ENTRE ILIÓN E LA HABANA
Português
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v10n2.1425Palavras-chave:
Sintoma, Temporalidade, Anacronismo, Magali AlabauResumo
Este artigo faz parte do projeto de dissertação de Mestrado É preciso passar: diáspora, condição migrante e temporalidade em Magali Alabau que se desenvolve atualmente no Programa de Pós-graduação em Literaturas Hispânicas da Universidade Federal Fluminense. A proposta é estudar os desdobramentos das relações temporais como locus enunciativo no poema-livro Hemos llegado a Ilión. Magali Alabau (1945) tematiza neste poema de aproximadamente trinta páginas uma viagem de visita a Cuba – anunciada como Ílion – após vinte anos de diáspora. A constante flutuação entre passados e presentes no universo poético da obra nos levou a conjecturar a hipótese de um anacronismo sintomático que justapõe a cosmologia grega aos acontecimentos da viagem. A partir de um trabalho interpretativo caracterizado pela “leitura” (Todorov, 2003), tivemos por objetivo fundamentar a relação sintoma-temporalidade-anacronismo como locus enunciativo, exemplificando com trechos do poema. Os três conceitos teóricos que fundamentam o trabalho são: “sintoma” (Lacan, 1997), “tempo do haver” (Magno, 1997) e “anacronia” (Huberman, 2011).
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