DESENVOLVIMENTO PRAGMÁTICO DE BRASILEIROS APRENDIZES DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA. ESTRATÉGIAS PRAGMALINGUÍSTICAS DO ATO DE PETIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v1n9.1259Palavras-chave:
Universitários brasileiros, Desenvolvimento pragmático, Ato de petição, Estratégias pragmáticas, Espanhol como língua estrangeiraResumo
Este artigo apresenta um estudo exploratório sobre o desenvolvimento pragmático dos brasileiros que aprendem o espanhol como língua estrangeira quando apresentam uma petição. Para tal, procuramos identificar e analisar as estratégias pragmáticas que os estudantes universitários brasileiros selecionam quando emitem a ação de petição numa situação de comunicação acadêmica e no contexto de uma relação interpessoal assimétrica. O corpus é constituído por 20 produções que foram obtidas através do método de conclusão do discurso. Para a classificação das estratégias utilizamos a categorização proposta por Blum-Kulka, House e Kasper (1989) para o ato em estudo e analisamos especificamente o ato nuclear e os movimentos de apoio ao mesmo, bem como os recursos de atenuação e intensificação presentes na sua enunciação. Os dados indicam que os oradores brasileiros privilegiam estratégias indiretas e convencionalizadas na realização do ato principal e recorrem a fórmulas de atenuação morfológica. No que diz respeito aos movimentos de apoio, a justificação do pedido é a estratégia favorecida pelos lusófonos que optam pela sua implementação para intensificar os elementos léxicos. Conclui-se que os sujeitos informantes realizam um movimento estratégico de equilíbrio entre os recursos atenuantes e os elementos intensificadores. Por um lado, devem proteger a imagem (face) tanto do interlocutor como de si próprios e, por outro, alcançar o seu objetivo comunicativo.
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