RESISTÊNCIA DECOLONIAL E REARTICULAÇÕES IDENTITÁRIAS EM AMERICANAH, DE CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
DOI:
https://doi.org/10.32988/rep.v2n9.1212Palavras-chave:
Americanah, resistência descolonial, rearticulações identitáriasResumo
O presente artigo pretende abordar a resistência decolonial e as rearticulações identitárias na obra da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, focando principalmente no romance Americanah, publicado no Brasil em 2014. Levando em consideração os estudos de Gayatri Spivak (2017) acerca da literatura e da representação, Grada Kilomba (2019) e as novas pedagogias do racismo, Bernardino-Costa (2019) e os conceitos de decolonialidade e pensamento afro-diaspórico e Cláudio Braga (2019), que articula uma definição de descolonização cultural atrelada ao contexto literário e o romance Americanah, este artigo busca analisar o papel da internet como um novo locus enunciativo de resistência na trajetória da Ifemelu, protagonista da narrativa. Ao investigar a vida de Ifemelu em um contexto diaspórico, em que ela se rearticula identitariamente em busca de felicidade e maior conhecimento de si mesma, este trabalho aponta como a descolonização cultural é essencial para que os povos negros sejam concebidos como sujeitos das próprias narrativas, ao contrário do que pressupõe o cânone. A importância da voz negra, feminina e imigrante da protagonista norteia todo o processo investigativo, trazendo novos sujeitos para o campo representativo, implicando também na cultura e sociedade contemporâneas.
Referências
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