Estudo de Caso
Erosão Hídrica na Represa no Recanto no Zé Dé em Juruaia, MG, Após Grande Evento Chuvoso
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14040921Palavras-chave:
Inundação, Preservação, Chuvas torrenciaisResumo
A erosão é um problema ambiental global que causa perda de solo, nutrientes e poluição de corpos hídricos. Áreas com preparo convencional do solo, sem cobertura vegetal, são mais suscetíveis à erosão hídrica. Sistemas como plantio direto e manejo de pastagem ajudam a prevenir a erosão. A erosão hídrica é uma das principais causas de degradação dos solos agrícolas no Brasil, provocada por chuvas intensas, solos erodíveis e escoamento inadequado, podendo resultar em perdas econômicas. A erosão hídrica também é considerada um fenômeno natural sendo a principal forma de degradação dos solos tropicais, seus impactos são considerados locais. A taxa de erosão aumenta à medida que as perturbações antropogênicas vão aumentando, gerando assim um desequilíbrio no sistema. Devido a estes fatores anteriormente citados fez-se um estudo de caso, com revisão bibliográfica sobre técnicas de recuperação de áreas degradadas com o propósito de solucionar os problemas da área em estudo, foi feita visita in loco para analisar a situação do local e ver quais melhorias devem ser feitas. Portanto, com este trabalho, objetiva-se avaliar os impactos e as causas da erosão hídrica na região do açude do Zé Dé, no município de Juruaia - MG, após uma tromba d’água associada à chuva do dia 22 de março de 2024. Represas podem ser benéficas pois se tornam uma alternativa para controlar enchentes e fornecer água para irrigação, piscicultura, dessedentação de animais, entre outros, mas sua construção tem impactos negativos para fauna e flora. É recomendada uma abordagem proativa na gestão de infraestruturas hídricas, com medidas como cercar a área para evitar compactação, usar técnicas de regeneração natural e plantio de espécies nativas, além de práticas de bioengenharia para estabilizar as margens.
Referências
ALMEIDA, W. S. et al. Erosão hídrica em diferentes sistemas de cultivo e níveis de cobertura do solo. Pesquisa Agripecuária Brasileira, v.51, p.1110-1119, 2016.
ALVES, I. S. V. Suscetibilidade a inundações do município de Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil. Anais do XIV ENANPEGE... Campina Grande: Realize Editora, 2021.
AMORIM, R.S.S.; SILVA, D.D.; PRUSKI, F.F.; MATOS, A.T. Avaliação do desempenho dos modelos de predição da erosão hídrica USLE, RUSLE e WEPP para diferentes condições edafoclimáticas do Brasil. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 30, p. 1046-1049, 2010
AVANZI, J. C. et al. Spatial distribution of water erosion risk in a watershed with eucalyptus and Atlantic Forest. Ciência e Agrotecnologia, v. 37, n. 5, p.427-434, 2013.
BARROS, E.N.S.; VIOLA, M.R.; RODRIGUES, J.A.M.; MELLO, C.R.; AVANZI, J. C.; GIONGO, M. Modelagem da erosão hídrica nas bacias hidrográficas dos rios Lontra e Manoel Alves Pequeno, Tocantins. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 13, p. 1-9, 2018.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Classificação e codificação brasileira de desastres (Cobrade): categoria, grupo, subgrupo, tipo, subtipo. Brasília: Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, 2012.
DECHEN, S. C. F. et al. Perdas e custos associados à erosão hídrica em função de taxas de cobertura do solo. Bragantia, v.74 p.224-233, 2015.
DOS SANTOS, P. C.; PRADO, M. S. Business Intelligence: Um estudo sobre o nível de maturidade em empresas de confecções de lingerie. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 12, n. 2, p. 394-400, 2014.
ELIZA, F. Redes de Cooperação de Micro e Pequenas Empresas: mecanismo de desenvolvimento local no Polo Industrial de Juruaia–MG. Revista de Gestão e Organizações Cooperativas, v.1 p. 54-60, 2014.
EMATER. Boletim Informativo. Juruaia, 18 de abril de 2024.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Estratégias de recuperação. Disponível em: <https://www.embrapa.br/codigo-florestal/estrategias-e-tecnicas-de-recuperacao>. Acesso em: 08 de abril de 2024.
FAO - FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Global Soil Partnership Endorses Guidelines on Sustainable Soil Management, 2017. Disponível em: <http://www.fao.org/global-soil-partnership/resources/highlights/detail/en/c/416516/.> Acesso em: 27 de outubro de 2024.
FILHO, M. V. C. V.; SILVA, A. S. R.; LOPES, M. W. V. Checklist para avaliações externas e visita in loco. 2022.
GIL, A.C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6° ed. São Paulo: Atlas S.A.
GRAEL, P. F. F.; OLIVEIRA, O. J. Sistemas certificáveis de gestão ambiental e da qualidade: práticas para integração em empresas do setor moveleiro. Production, v. 20, p. 30-41, 2010.
GUERRA, A. J. T. Processos Erosivos nas Encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. p. 149-209.
HERNÁNDEZ, J. L. S. El debate sobre el Antropoceno como oportunidad para repensar la Geografía y su enseñanza. Editorial Universidade de Granada, v.60 p. 297-315, 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Juruaia: Panorama. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/juruaia/panorama. Acesso em: 03 de abril de 2024.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Juruaia: História & Fotos. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/juruaia/historico. Acesso em: 03 de abril de 2024.
JÚNIOR, J. E. F.F; BOTELHO, R. G. M. Análise Comparativa do Tempo de Concentração: Um Estudo de Caso na Bacia do Rio Cônego, Município de Nova Friburgo/RJ. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, n. 21, p. 1-20, 2011.
LOVRIC, N.; TOSIC, R. Assessment of soil erosion and sediment yield using erosion potential method: Case study - Vrbas river basin (B&H). Bulletin of the Serbian Geographical Society, Belgrade, v. 98, p. 1- 14, 2018.
MATANATIVA. Muvuca: o que é e como funciona. Disponível em: <https://matanativa.com.br/muvuca-o-que-e-e-como-funciona/>. Acesso em: 17 de abril de 2024.
MELLO, J.A.B. A construção de barragens e o meio ambiente. Revista do Serviço Público, v.15, p. 54-57, 1987.
OSMAN, K. T. Soil Degradation, Conservation and Remediation. Dordrecht: Spring, 2014.
PANACHUKI, E. et al. Rugosidade da superfície do solo sob diferentes sistemas de manejo e influenciada por chuva artificial. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34, p.443-451, 2010.
PANDEY, A. et al. Physically based soil erosion and sediment yield models revisited. Catena, v. 147, p. 595-620, 2016.
PANAGOS, P. et al. Estimating the soil erosion cover-management factor at the European scale. Land Use Policy, v.48, p.38-50, 2015.
PEITER, C. M. Desastres naturais: enchentes e inundações e o papel do estado e da sociedade na gestão de segurança pública. 2012. 176 f. Dissertação (Mestrado em Fundamentos do Direito Positivo) - Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2012.
POESEN, J. Soil erosion in the Anthropocene: Research needs. Earth Surface Processes and Landforms, v. 43, p. 64–84, 2018.
POSTHUMUS, H. et al. Costs and benefits of erosion control measures in the UK. Soil Use and Management, v.31, p. 16-33, 2015.
PREFEITURA MUNICIPAL DE JURUAIA. História. Disponível em: https://www.juruaia.mg.gov.br/a_cidade/historia. Acesso em: 02 de abril de 2024.
RAMOS, C. Perigos naturais devidos a causas meteorológicas: o caso das cheias e inundações. Default journal, v.4, 2013.
SCHARRÓN, C.E.R.; SÁNCHEZ, Y.F. Plot-, Farm-, and Watershed-Scale Effects of Coffee Cultivationin Runoff and Sediment Production in Western Puerto Rico. Journal of Environmental Management, v.202, n.1, p.126-136, 2017.
SOUZA, M. N. Degradação e Recuperação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. Viçosa, MG: UFV, 2004. 371p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, 2004.
SOUZA, M. N. Dinâmica do uso dos recursos hídricos nas bacias do 2008 ribeirão Entre Ribeiros e do rio Preto, afluentes do rio Paracatu. Viçosa, MG: UFV, 2008. 345p. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, 2008.
SIQUEIRA, P. R. B. Estudo sobre a influência de reservatórios naturais de água em áreas urbanas: estudo de caso: açude velho em Salgueiro/PE. 2023. 43 f. Monografia curso de engenharia civil- Universidade Federal Rural do semi árido, 2023.
SOBRINHO, J. S.; FERRAREZI J.R, C. Comunidade dos Gomes: notícia sociolinguística do falar de uma comunidade típica na região de Juruaia/MG. Trem de Letras, v.8, p.1-22, 2021.
TOLEDO, J. A. C. Relações entre manejo do solo e erosão hídrica: uma revisão bibliográfica. Revista Craibeiras de Agroecologia, v.8, p.132-155, 2023.
WANG, X. et al. Assessment of soil erosion change and its relationships with land use/cover change in China from the end of the 1980s to 2010. Catena, v.137, p. 256-268, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cadernos de Estudos Interdisciplinares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.