POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO INTERIOR DE MINAS GERAIS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Resumo
A interação medicamentosa é definida como evento em que um medicamento sofre ou ocasiona alguma alteração decorrente da administração de outro medicamento, alimento ou recurso diagnóstico. Pacientes atendidos por unidades de terapia intensiva (UTIs) fazem uso de diversos recursos terapêuticos, dentre eles os medicamentos que podem propiciar potenciais interações fármaco-fármaco (pIFFs). Desta forma, o objetivo deste estudo é determinar a prevalência de pIFFs em prescrições médicas de um grupo pacientes atendidos por uma UTI de um hospital privado do interior de Minas Gerais. Para isso, conduziu-se um estudo de caráter quantitativo e de natureza descritiva transversal em uma UTI, analisando de uma a cinco prescrições diárias de pacientes admitidos no período de dezembro de 2019 a março de 2020. Dados de 57 pacientes foram incluídos, sendo 36 (63%) do sexo feminino e 21 (37%) do sexo masculino, com média de idade de 70,6 anos. Foram analisadas 199 prescrições no software Micromedex®, o que representa uma média de 3,5 prescrições analisadas por paciente. Ao menos uma pIFF foi detectada em prescrições de 48 pacientes, totalizando uma prevalência de 84% na amostra analisada. Dentre as pIFFs encontradas foram mais prevalentes aquelas classificadas com severidade maior (55%) e documentação razoável (67%), de acordo com o Micromedex®. Houve correlação estatística entre o número de medicamentos e a prevalência de pIFFs (ρ = 0,784; p < 0,001). A prevalência de pIFFs na amostra analisada por este estudo foi elevada. A análise das prescrições médicas pelo Farmacêutico pode possibilitar a detecção das pIFFs.
Descritores: Interação medicamentosa. Assistência farmacêutica. Unidade de terapia intensiva.
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