Acompanhamento farmacoterapêutico de uma paciente de 49 anos com transtorno afetivo bipolar apresentando síndrome metabólica: relato de caso
Resumo
A Síndrome Metabólica (SM) tem atingido altas prevalências no Brasil e no mundo, sendo comum a falha na intervenção clínico-farmacológica. Através de um acompanhamento farmacoterapêutico, é possível propiciar a terapia mais efetiva, segura e adequada, melhorando a qualidade de vida do paciente. O presente estudo relata o caso de uma paciente, recentemente diagnosticada com SM, apresentando comorbidades, acompanhada em uma Unidade Farmacoterapêutica em Alfenas, MG, Brasil (de acordo com a metodologia Dáder). Relato do Caso: C. O. F., sexo feminino, 49 anos, melanoderma, apresenta Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e Diabetes Mellitus (DM) tipo 2, dislipidemia, IMC = 34,6 Kg/m2 e circunferência abdominal de 120 cm (obesidade). Diagnosticada com SM, procurou ajuda, queixando-se de hiperglicemia (níveis glicêmicos em jejum superiores a 300 mg/dL). Como plano de atenção, as metas incluíram uma redução do peso e controle dos níveis glicêmicos, além disso, como a paciente é polimedicada por conta do TAB e DM, ela teve sua farmacoterapia avaliada, possíveis problemas farmacoterapêuticos detectados e intervenções realizadas, incluindo: (1) Educação em Saúde; (2) Orientação sobre medidas não farmacológicas; (3) Orientação sobre a farmacoterapia utilizada; (4) Acompanhamento glicêmico, pressórico e do peso corporal; e (5) Intervenção Farmacêutica (IF). Durante três meses de acompanhamento, a pressão arterial permaneceu controlada e o IMC diminui o que permitiu avaliar a efetividade da terapia bem como as medidas de educação em saúde adotadas. Na IF, a interação com o endocrinologista (Interdisciplinaridade) conduziu a inclusão da insulina regular no esquema terapêutico. Assim, os níveis de glicemia de jejum observados no início do acompanhamento (300 mg/dL), reduziram para aproximadamente 179 mg/dL após as intervenções, diminuindo os danos declarados pela paciente no início do seguimento. Portanto, o acompanhamento farmacoterapêutico permitiu a promoção de saúde, resolução dos problemas relacionados à farmacoterapia e revisão dos objetivos terapêuticos da paciente, incluindo a melhoria da aderência ao tratamento, efetividade terapêutica e ausência de reações adversas e interações medicamentosas.
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