"GUERRAS DA CIÊNCIA" E POSTURA ANTICIENTÍFICA NA GEOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.29327/243949.1.1-3Palabras clave:
Epistemologia, Guerras da Ciência, Pós-modernidade, Anticientificismo, David Harvey.Resumen
As “Guerras da Ciência” (Science Wars) foram conflitos entre pós-modernos (e marxistas), de um lado, e praticantes de ciências naturais, de outro. A ascensão da sociologia como alternativa na explicação da prática científica e o famoso embuste de Alan Sokal (Sokal Hoax) foram alguns dos gatilhos da tensão. Neste artigo demarcamos os lados da guerra, descrevendo as ideias de autores reconhecidos por suas influências no conflito: J.-F. Lyotard, B. Latour e S. Woolgar – representantes de um dos lados da trincheira; A. Sokal , J. Bricmont, P. Gross e N. Levitt – do outro. Em seguida, tecemos considerações a propósito da diferenciação entre os pensamentos pós-moderno e marxista; discernimento necessário, posto que, embora eles partilhem uma postura anti-moderna, são referidos de forma generalizante e intercambiável. Por fim, mensuramos o impacto do conflito na Geografia – quando as posições de David Harvey, famoso geógrafo marxista, são expostas; sendo identificado nas ideias deste autor um caráter mais militante do que científico. Constata-se na Geografia de Harvey um sentimento anti-moderno, o qual contribui a alimentar o anticientificismo.
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