POBREZA MENSTRUAL NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL 2

Autores

  • Brenda Letícia de Paula Muniz Universidade Federal de Alfenas - MG
  • Geraldo Magela de Oliveira Júnior Universidade Federal de Alfenas - MG / SEE - MG

DOI:

https://doi.org/10.29327/243949.3.6-13

Palavras-chave:

Escola, Desigualdade, Gênero

Resumo

A incapacidade de pessoas lidarem com o sangue no período menstrual vem aumentando pelo fato dos absorventes higiênicos terem preços elevados no Brasil, nesse sentido, o trabalho busca compreender como o fenômeno da pobreza menstrual se materializa numa escola na cidade de Alfenas - MG. Adota-se o termo pessoas menstruantes pois consideramos a diversidade de gêneros que passam pelo período menstrual, além disso, refletimos como a desigualdade de gênero se evidencia a partir do freamento de políticas públicas que atuam na segurança menstrual desses sujeitos. Para tanto, procuramos saber através de uma pesquisa intitulada “Instituto Escolar de Geografia” que possui caráter quali-quantitativo, se a falta de produtos higiênicos e lugares salubres colaboram para que estudantes deixem de ir à escola. Sendo assim, procuramos romper com os tabus acerca do assunto, trazendo para a esfera acadêmica a necessidade de se discutir a saúde coletiva de pessoas menstruantes.

Biografia do Autor

Brenda Letícia de Paula Muniz , Universidade Federal de Alfenas - MG

Graduação em Geografia Licenciatura

Bolsista CAPES

UNIFAL-MG

Geraldo Magela de Oliveira Júnior , Universidade Federal de Alfenas - MG / SEE - MG

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Alfenas-MG. Especialista em ensino de ciências pela Universidade Federal de Uberlândia-MG. Atualmente é discente do Programa de Pós Graduação em Geografia pela UNIFAL-MG e professor efetivo da secretaria de educação do estado de Minas Gerais.

Referências

Assad, B. F. Políticas públicas acerca da pobreza menstrual e sua contribuição para o combate à desigualdade de gênero. Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas, 2021, v. 2 n. 1, p. 140-160.

ALFENAS. Lei nº 5.125, 7 de fevereiro de 2022. Institui "Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos (PFAH)" para mulheres em situação de vulnerabilidade social no âmbito do Município de Alfenas/MG, e dá outras providências. Alfenas, MG, 2022. Disponível em: <http://www.cmalfenas.mg.gov.br/arquivos/publicacoes/26/3460dee203e72be52bda8f0d884f66ed.pdf>. Acesso em: 01/11/2023

BAHIA, L. Livre para menstruar: pobreza menstrual e a educação de meninas. Disponível em: < https://livreparamenstruar.org/> Acesso em: 31 ago. 2023.

Cesta básica tem absorvente feminino em Bom Jesus. Prefeitura Municipal de Bom Jesus de Itabapoana, Rio de Janeiro, 11 de nov. de 2022. Disponível em: <https://www.bomjesus.rj.gov.br/site/noticia/cesta_basica_tem_absorvente_feminino_em_bom_jesus/6117>. Acesso em: 01 de nov. de 2023.

DeLoughery E, Colwill AC, Edelman A, et alRed blood cell capacity of modern menstrual products: considerations for assessing heavy menstrual bleedingBMJ Sexual & Reproductive Health Published Online First: 07 August 2023.

Ferreira, C. A. L. Pesquisa quantitativa e qualitativa: perspectivas para o campo da educação. Revista Mosaico, 2015, v. 8, n. 2, jul./dez., p. 173-182.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999

Motta M. C. C., & Brito, M. P. R. B. Pobreza menstrual e a tributação dos absorventes. Niterói: Confluências - Revista Interdisciplinar De Sociologia e Direito, 2022, 24(1), p. 33-54.

Nações Unidas Brasil. Quase 40% das escolas brasileiras não têm estruturas básicas para lavagem de mãos. ONU, 13 ago. 2020. Disponível em: < https://brasil.un.org/pt-br/87318-quase-40-das-escolas-brasileiras-n%C3%A3o-t%C3%AAm-estruturas-b%C3%A1sicas-para-lavagem-de-m%C3%A3os> Acesso em: 31 ago. 2023.

NERIS, B. B. S. Políticas fiscais e desigualdade de gênero: análise da tributação incidente nos absorventes femininos. Revista FIDES, 2021, jan. v. 11, n. 2, p. 743-759.

SARDENBERG, C. M. B. (1994). De sangrias, tabus e poderes: a menstruação numa perspectiva sócio-antropológica. Estudos Feministas, 2(2), 314–344.

UNFPA. Menstruation and Human Rights: Frequently Asked Questions. In: UNFPA, 2020.

Downloads

Publicado

22-11-2023

Como Citar

MUNIZ, Brenda; OLIVEIRA JÚNIOR, Geraldo. POBREZA MENSTRUAL NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL 2 . Boletim Alfenense de Geografia, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 224–240, 2023. DOI: 10.29327/243949.3.6-13. Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/boletimalfenensedegeografia/article/view/2300. Acesso em: 3 out. 2024.