POR QUE FALAR DE RACISMO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA REALIDADE DA ESCOLA PÚBLICA

Autores

  • Arnóbio Rodrigues de Sousa Júnior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
  • Antonio Clébio Duarte Paiva Universidade Estadual Vale do Acaraú

DOI:

https://doi.org/10.29327/243949.3.6-1

Palavras-chave:

Lei n° 10.639/03, Docência, Sensibilização.

Resumo

Este ensaio tem como objetivo problematizar a necessidade de abordar a temática racial na sala de aula, sobretudo, a partir da realidade da escola pública brasileira, marcada por diversas identidades, sujeitos, culturas, hábitos e comportamentos. Embora a escola seja uma instituição educativa, não está imune da prática discriminatória, tendo em vista a operacionalidade do racismo desde as práticas pedagógicas as relações cotidianas entre os estudantes na escola. Há uma necessidade histórica e atual de combate a toda e qualquer forma de opressão, principalmente quando se trata da discriminação racial que atinge de forma violenta os corpos negros, colocando-os em um lugar de subalternização, desvalorização intelectual e objetificação perante os pressupostos da supremacia branca. Utilizou-se a pesquisa qualitativa de cunho bibliográfica e as vivências na educação básica como procedimentos metodológicos. Consideramos a escola pública como um dos agentes da transformação social, por isso, deve-se sistematizar ações e propostas educativas de fortalecimento dos marcos legais da educação para as relações étnico-raciais.

Referências

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno. Parecer no 3, de 10 de março de 2004. Estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de maio de 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf.

CARVALHO, Monique de Souza. Luta antirracista no Brasil: o que os brancos tem a ver com isso? Revista Espaço Acadêmico, v. 21, n. 1, 2022. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59583.

DIAS, Luiza Franco.; RODRIGUES, Luana Molz.; MAGEDANZ, Maria Carolina. Bullying ou Racismo. In: SILVA, Mozart Linhares da.; DIAS, Luiza Franco (Org.). 21 textos para discutir racismo na sala de aula. São Carlos: Pedro e João, 2022.

HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. 4° ed. São Paulo: Selo Negro, 2008.

NETO, Eduardo Rios.; RIANI, Júlia de Lucena Ruas. Desigualdades raciais nas condições habitacionais na população urbana. In: SANTOS, Renato Emerson dos. Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: o negro na Geografia do Brasil. (Org.). 2. ed. Belo Horizonte: editora gutenberg, 2005.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? 1° ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SILVA, Rafael Ferreira da.; SILVA, Maryelle Macedo da. A efetivação da lei 10.639/03 através da contação de histórias. In: NUNES, Cícera et al. (Org.). Caderno olhares docentes. Revista África e Africanidades, n. 41, Quissamã, Rio de Janeiro, 2022.

Downloads

Publicado

22-11-2023

Como Citar

JÚNIOR, Arnóbio Rodrigues de Sousa; PAIVA, Antonio Clébio Duarte. POR QUE FALAR DE RACISMO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA REALIDADE DA ESCOLA PÚBLICA. Boletim Alfenense de Geografia, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 3–13, 2023. DOI: 10.29327/243949.3.6-1. Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/boletimalfenensedegeografia/article/view/2193. Acesso em: 27 abr. 2024.