O Banco Mundial e as políticas de combate à pobreza na América Latina: uma análise crítica sobre seus relatórios de 1990 a 2006
Resumo
Este trabalho analisou os relatórios do Banco Mundial de 1990, 2000 e 2006 sobre a pobreza na América Latina nesse período. Segundo a CEPAL apud Reis (2006) em 2006, 38,5% da população latino-americana era considerada pobre, mesmo após 15 anos de políticas econômicas implementadas na região. Com isso, a investigação questionou o porquê da pobreza no continente não ter se reduzido acentuadamente, considerando a atenção dispensada e o aporte de recursos canalizados. Trabalhou-se com a hipótese de que o insucesso das políticas de combate à pobreza eram altamente prescritivas, visando inserir um modelo ideal de capitalismo. Deste modo, elas minimizavam o papel do Estado e da sociedade civil ao mesmo tempo em que potencializavam as ações assistencialistas. Teve-se como metodologia de estudo a revisão bibliográfica e a análise dos relatórios supracitados. E, como resultado, encontrou-se mudanças periódicas no conceito e nas ações de combate à pobreza, embora o mercado sempre tivesse papel central nesse combate.