“MINHA MÃE FAZIA ASSIM”: SABERES E SABORES DA COZINHA INDÍGENA DA REGIÃO DO ALTO RIO NEGRO, AMAZONAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/243949.4.8-5

Palavras-chave:

povos indígenas, Amazonas, Alto Rio Negro, saberes, comida tradicional indígena

Resumo

O presente trabalho propõe apresentar saberes, sabores e o saber-fazer de famílias indígenas da região do Alto Rio Negro, Amazonas. A construção desse trabalho se deu a partir de bibliografias e do trabalho de campo. Os procedimentos utilizados em campo foram as narrativas orais, por intermédio de entrevistas semiestruturadas, diário de campo, registros fotográficos e vídeos sobre o preparo, técnicas e as receitas das comidas tradicionais indígena. A pesquisa de campo foi realizada no estado do Amazonas e teve início no mês de dezembro de 2021, com duração até o mês de fevereiro de 2023; os interlocutores são famílias indígenas, que atualmente vivem nas comunidades Acural e Nossa Senhora do Livramento.

Biografia do Autor

Paula Nardey Moriz de Vasconcelos, UFGD

Mestre em Geografia. Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Referências

BARBOSA, D. T. Geografia e trabalho de campo: olhares e perspectivas a partir da abordagem etnográfica. Revista de Geografia, v. 36, n. 2, p. 106-118, 2019.

BARBOSA, J. M. A.; MEZACASA, R.; FAGUNDES, M. G. B. A oralidade como fonte para a escrita das Histórias Indígenas. Tellus, Campo Grandes, MS, v. 18, n. 37, p. 121-145, 2018.

GARNELO, L.; BARRETO BARÉ, G (org). Comidas tradicionais indígenas do Alto Rio Negro. Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane: Manaus, Fiocruz, 2009.

IPHAN – INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTÓRICO ARTISTICO NACIONAL. Dossiê de Registro: o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossie_sistema_agricola_rio_negro.pdf. Acesso em: 20 out. 2022.

KATZ, E. Alimentação indígena na América Latina: comida invisível, comida de pobre ou patrimônio culinário?. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 25-41, 2009

LEONARDO, M. Antropologia da alimentação. Revista Antropos, v. 3, n. 2, 2009.

MACIEL, M. E.; CASTRO, H. C. A comida boa para pensar: sobre práticas, gostos e sistemas alimentares a partir de um olhar socioantropológico. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, 2013, v. 8, p. 321-328.

ORICO, O. Cozinha amazônica: uma autobiografia do paladar. Coleção Amazônica, série Ferreira Penna. Belém: Universidade Federal do Pará, 1972.

PEREIRA, N. Panorama da alimentação indígena: comidas, bebidas e tóxicos na Amazônia Brasileira. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1974.

POULAIN, J. P.; PROENÇA, R. P. C. O espaço social alimentar: um instrumento para o estudo dos modelos alimentares. Revista Nutrição, Campinas, v. 16, n. 3, p. 245-256, 2003.

REZENDE, J. S. Venha comer quinhapira! Tellus, Campo Grande, v. 9, n. 17, p. 261-276, 2009. Disponível em: https://www.tellus.ucdb.br/tellus/article/viewFile/196/227. Acesso em: 15 abr. 2022.

SILVA, A. B. A. A civilização indígena do Uaupés: observações antropológicas, etnográficas e sociológicas. 2. ed. Roma: Las Romas, 1977.

TAVARES, I. N. Terra, água e sementes: do corpo território das mulheres indígenas a uma concepção de soberania alimentar. In: Mulheres e soberania alimentar: sementes de mundos possíveis. Rio de Janeiro: Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), 2019. Disponível em: http://biblioteca.pacs.org.br/publicacao/mulheres-e-soberania-alimentar-sementes-de-mundos-possiveis/. Acesso em: 07 out. 2022.

TEMPASS, M. C. “Quanto mais doce, melhor”: um estudo antropológico das práticas alimentares da doce sociedade Mbyá-Guarani. 2010. 395 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010.

VELTHEM, L. H. V.; EMPERAIRE, L. Manivas, aturás, beijus: o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, patrimônio cultural do Brasil. Santa Isabel do Rio Negro: ACIMRN, 2016. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/acervo/livros/manivas-aturas-beijus-o-sistema-agricola-tradicional-do-rio-negro-patrimonio-cultural.

VELTHEM, L. H. V. Cestos, peneiras e outras coisas: a expressão material do sistema agrícola no rio Negro. Revista De Antropologia, v. 55, n. 1, p. 401-407, 2012.

WOORTMANN, E.; CAVIGNAC, J. (orgs.). Ensaios sobre a Antropologia da alimentação: saberes, dinâmicas e patrimônios. Natal, RN: EDUFRN, 2016. Disponível em http://www.edufrn.ufrn.br.

ZANETI, T. Gastronomia: nossas históricas contadas por sabores. In: ANDRADE, T. C. Gosto: um punhado de mandioca e um bocado de cerrado. Palmas, TO: EDUFT, 2020. Disponível em: https://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/2526?locale=pt_BR. Acesso em: 08 nov. 2022.

Downloads

Publicado

17-12-2024

Como Citar

MORIZ DE VASCONCELOS, Paula Nardey. “MINHA MÃE FAZIA ASSIM”: SABERES E SABORES DA COZINHA INDÍGENA DA REGIÃO DO ALTO RIO NEGRO, AMAZONAS. Boletim Alfenense de Geografia, [S. l.], v. 4, n. 8, p. 53–74, 2024. DOI: 10.29327/243949.4.8-5. Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/boletimalfenensedegeografia/article/view/2631. Acesso em: 21 dez. 2024.