Capitalismo monopolista: de Baran e Sweezy ao debate brasileiro

Autores

  • Caio Rennó José Mestrando em Educação (UFScar)
  • Thiago Fontelas Rosado Gambi Professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Alfenas

Resumo

A teoria do capitalismo monopolista foi desenvolvida na década de 1960 por Baran e Sweezy em seu conhecido livro Capitalismo Monopolista. Nele, os autores criticam a falta de comprometimento das ciências sociais, especialmente da economia, com a realidade, pois distorciam e criavam cenários que não eram condizentes com ela. Isso era claro, por exemplo, nos modelos econômicos da década de 1960 em que a concorrência perfeita ainda era considerada o caso geral e a grande empresa capaz de controlar preços era deixada de lado. O objetivo deste trabalho é analisar o conceito de Capitalismo Monopolista apresentado por Baran e Sweezy (1974), e outros autores de linhagem neomarxista e heterodoxo-burguesa, para detectar sua influência no pensamento econômico brasileiro. Ao realizar a pesquisa a partir das referências indicadas por Mantega (1984), pudemos encontrar trabalhos em que as ideias de imperialismo, dependência e subdesenvolvimento na América Latina eram os temas centrais. Embora as ideias de Baran e Sweezy sobre o capitalismo monopolista tenham sido importantes para o desenvolvimento do pensamento econômico contemporâneo, pois suas contribuições deram maior peso à crítica da teoria econômica convencional, no caso brasileiro, a utilização do conceito de capitalismo monopolista teve alcance limitado em sua época.

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Publicado

29-10-2015