O avanço das políticas neoliberais e suas influências no campo da saúde e segurança do trabalho: existe um ponto de equilíbrio? Hipóteses e tendências

Autores

  • Arnaldo da Costa Lage Neto

Resumo

O presente artigo apresenta como problemática os elevados índices de doenças e acidentes de trabalho no Brasil (ambos considerados como acidentes de trabalho), buscando entender os entraves que sempre dificultaram a viabilização de um ambiente de trabalho saudável e seguro para os trabalhadores brasileiros, desde a revolução        industrial brasileira em 1930 até os dias atuais. O objetivo deste artigo é explorar alternativas para a melhoria na diminuição desses índices de acidentabilidade no Brasil. Para a obtenção desse objetivo, a metodologia utilizada foi uma revisão da literatura apoiada em estudos diretos e correlatos sobre o tema, a partir da publicação de autores do campo da economia heterodoxa, publicações e estudos de órgãos oficiais do Brasil e internacionais, além de experiências práticas e estudos do autor no campo em questão e que permitiram uma avaliação sob o ponto de vista teórico conceitual e contextual.  Os dados estatísticos e as informações utilizadas neste estudo foram consultados nas bases de dados do INSS, IBGE, OIT, Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, trabalhos acadêmicos de autores citados nas referências. Por fim, apresentamos uma tendência de resultados para a diminuição da acidentabilidade a partir de hipóteses levantadas, na qual, ao testar uma empresa de grau de risco grave (empresa X), com alíquota nominal do Seguro Acidente do Trabalho de 3%, simulamos uma situação em uma unidade com aproximadamente 2.500 trabalhadores, considerando o impacto financeiro com o seus dados reais de 2018 e 2019, com cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP em 2020, para pagamento da alíquota efetiva do Seguro Acidente do Trabalho – SAT, em 2021. Por outro lado, nessa mesma simulação, considerando a hipótese de majoração nas alíquotas nominais do Seguro Acidente do Trabalho e do Fator Acidentário de Prevenção – FAP, verificamos quais seriam os resultados desse “novo” impacto financeiro e a tendência de estratégia da empresa diante de tal realidade. O novo resultado apontaria, em tese, para uma tendência em maiores investimentos em prevenção, com uma consequente dimuição de acidentes de trabalho.

Biografia do Autor

Arnaldo da Costa Lage Neto

Engenheiro de Segurança do Trabalho e Mestre em Engenharia Ambiental Urbana pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutorando em Economia na mesma universidade.

Downloads

Publicado

12-11-2021